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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Capistrano de Abreu,

 
 
João Capistrano Honório de Abreu  (Maranguape, 23 de outubro de 1853 — Rio de Janeiro, 13 de agosto de 1927) foi um historiador brasileiro.
Um dos primeiros grandes historiadores do Brasil, produziu ainda nos campos da etnografia e da linguística. A sua obra é caracterizada por uma rigorosa investigação das fontes e por uma visão crítica dos fatos históricos e suas pesquisas fazem contraponto à de Francisco Adolfo de Varnhagen.

Biografia
 
Historiador. João Capistrano Honório de Abreu nasceu na cidade de Maranguape, em 25 de outubro de 1853. Fez seus primeiros estudos em rápidas passagens por várias escolas. Em 1869, viajou para Recife, onde cursou humanidades, retornando ao Ceará dois anos depois. Em Fortaleza, foi um dos fundadores da Academia Francesa, órgão de cultura e debates, progressista e anticlerical, que durou de 1872 a 1875.

No Rio de Janeiro

Neste último ano, viajou para o Rio de Janeiro e aí se fixou, tornando-se empregado da Editora Garnier. Foi aprovado em concurso público para bibliotecário da Biblioteca Nacional durante a gestão de Ramiz Galvão. Em 1879, foi nomeado oficial da Biblioteca Nacional. Lecionou Corografia e História do Brasil no Colégio Pedro II, nomeado por concurso em que apresentou tese sobre O descobrimento do Brasil e o seu desenvolvimento no século XVI. Eleito para a Academia Brasileira de Letras, recusou-se a tomar posse.

Dedicou-se ao estudo da história colonial brasileira, elaborando uma teoria da literatura nacional, tendo por base os conceitos de clima, terra e raça, que reproduzia os clichês típicos do colonialismo europeu acerca dos trópicos, invertendo, todavia, o mito pré-romântico do bom selvagem.

Morreu no Rio de Janeiro, aos 74 anos, em 13 de agosto de 1927. É patrono da cadeira 15 da Academia Cearense de Letras e da cadeira 23 da Academia Brasileira de Literatura de Cordel.

Chico Anysio, o melhor humorista do planeta

Chico Anysio
Chico Anysio mudou-se com sua família para o Rio de Janeiro quando tinha oito anos de idade. Iniciou no rádio na Rádio Guanabara, onde exercia várias funções: radioator, comentarista de futebol, etc. Participou do programa Papel carbono de Renato Murce. Trabalhou, na década de 1950, nas rádios "Mayrink Veiga", "Clube de Pernambuco e Clube do Brasil. Nas chanchadas da década de 50, Chico passou a escrever diálogos e, eventualmente, atuava como ator em filmes da Atlântida Cinematográfica.

Na TV Rio estreou em 1957 o Noite de Gala. Em 1959, estreou o programa Só Tem Tantã, lançado por Joaquim Silvério de Castro Barbosa, mais tarde chamado de Chico Total. Além de escrever e interpretar seus próprios textos no rádio, televisão e cinema, sempre com humor fino e inteligente, Chico se aventurou com relativo destaque pelo jornalismo esportivo, teatro, literatura e pintura, além de ter composto e gravado algumas canções.

Chico Anysio foi um dos responsáveis pela intermediação referente ao exílio de Caetano Veloso em Londres. Quando completou dois anos de exílio, Chico enviou uma carta para Veloso, para que este retorna-se ao Brasil. Caetano e Gilberto Gil haviam sido presos em São Paulo, duas semanas depois da decretação do AI-5, o ato que dava poderes absolutos ao regime militar. Trazidos ao Rio de carro, os dois passaram por três quartéis, até viajarem para Salvador, onde passaram seis meses sob regime de prisão domiciliar. Em seguida, em meados de 1969, receberam autorização para sair do Brasil, com destino a Londres, onde só retornariam no início de 1972.

Carreira

Televisão

  • 1973/80 - Chico City .... vários personagens
  • 1982/90 - Chico Anysio Show .... vários personagens, Redator Final e Supervisor de Criação
  • 1984 - Os Trapalhões .... Convidado Especial de Reestreia da Temporada do Programa
  • 1989 - Que Rei Sou Eu? .... Taji Namas
  • 1990/02 - Escolinha do Professor Raimundo .... Professor Raimundo,Redator Final e Supervisor de Criação
  • 1990/91 - Os Trapalhões .... Supervisor de Criação
  • 1991 - Estados Anysios de Chico City .... vários personagens e Supervisor de Criação
  • 1995 - Chico Total .... vários personagens, Redator e Supervisor de Criação
  • 1995 - Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados .... vendedor de caixões
  • 1999/02 - Zorra Total .... Alberto Roberto/Professor Raimundo/Dr. Rosseti
  • 1999 - Terra Nostra .... Barão Josué Medeiros
  • 1999 - O Belo e as Feras .... vários personagens
  • 2002 - Brava Gente .... Detetive Brito/Cego
  • 2004 - A Diarista .... Rúbio
  • 2005 - Sítio do Pica-Pau Amarelo .... Dr. Saraiva
  • 2006 - Sinhá Moça .... Everaldo
  • 2007 - Pé na Jaca .... Cigano
  • 2008 - Cilada .... Dep. Sandoval
  • 2008 - Guerra e Paz .... Padre Santo
  • 2009 - Caminho das Índias .... Namit Batra
  • 2009 - Chico e Amigos - .... vários personagens
  • 2009/10 - Zorra Total .... Alberto Roberto/Justo Veríssimo/Bento Carneiro
  • 2011- Chico e Amigos.... vários personagens
  • 2011- Zorra Total .... Salomé

Dragão do Mar (1839-1914)

Francisco José do Nascimento, Dragão do Mar ou Chico da Matilde, foi o líder dos jangadeiros nas lutas abolicionistas. Ele nasceu no dia 15 de abril de 1839, há 160 anos, em Canoa Quebrada, Aracati.

 

Dragão do Mar

Chico da Matilde, como era conhecido,juntamente com seus companheiros, impediram o comércio de escravos nas praias do Ceará. Seu avô antecipara seu destino : fora engolido pelo mar em sua jangada. Já o pai de Francisco José do Nascimento o "Dragão do Mar", morrera no oceano dos seringais amazônicos. Sua mãe, Matilde Maria da Conceição, o criará em meio a muitas dificuldades. Assim, "Chico da Matilde", se viu, desde cedo, envolvido no cotidiano do litoral. Foi garoto de recados, em veleiro chamado de Tubarão.

Só aos 20 anos de idade que Chico aprendeu a ler. Jangadeiro, considerado o maior herói a favor da libertação dos escravos no Ceará. Em 1859 trabalhou nas obras do Porto de Fortaleza e iniciou o trabalho como marinheiro em um navio que fazia a linha Maranhão - Ceará.

O revolucionário mulato de Canoa Quebrada, em 1874 foi nomeado prático da Capitania dos Portos convivendo com o drama do tráfico negreiro, se envolve na luta pelo abolicionismo, e uma de suas principais atitudes foi o fechamento do Porto de Fortaleza, assim impedindo o embarque de escravos para outras províncias. Em vigília, localizava alguma embarcação que entrasse no Porto do Mucuripe e conduzia sua jangada até ela para comunicar o rompimento do tráfego negreiro no Estado. A história registrou seu brado literário.

"Não há força bruta neste mundo que faça reabrir o Porto ao tráfico negreiro. E, sob sua liderança, os jangadeiros cearenses abriram as velas de suas embarcações, na recepção de José do Patrocínio, em 1882"
Não foi à toa, que ele estava na sessão da Assembléia, em 24 de maio de 1883, quando Fortaleza libertou seus escravos. Em 25 de março de 1884, acontece a libertação de todos os escravos da província. O que não concluiu suas lutas.

Em 3 de março de 1889, reassume o cargo de prático, por ordem do imperador,cargo esse que havia perdido com o envolvimento nas lutas abolicionistas, assim tornando-se Major Ajudante de Ordens do Secretário Geral do Comando Superior da Guarda Nacional do Estado do Ceará.

O que não o impede de casar-se com a sobrinha de João Brígido, Ernesta Brígido, em 1902. Defendia a participação da mulher na sociedade cearense, que insistia em dar mostras de conservar intacto o seu racismo. Dois anos depois, revolta-se contra a indicação, por sorteio, de chefes de família para a prestação de serviços militares, quando apenas os negros haviam sido sorteados.

Seu poder de liderança volta a ser constatado: promove uma greve dos trabalhadores de embarcações, mesmo sob as ameaças do governador Pedro Borges. Um morto e mais de 90 feridos cobram justiça em frente ao Palácio da Luz. O governador manda dispensar os rebeldes, mas a imponência do Dragão do Mar é mais convincente, marcando seu último ato de bravura, antes de falecer, cinco anos depois, em 6 de março de 1914.

Era tempo de outras batalhas...

 

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Dilma Rousseff: A 1ª mulher a assumir a presidencia do Brasil!!

A Primeira Presidente do Brasil
Dilma Vana Roussef  não é apenas a nova presidente do Brasil, mas também a primeira mulher a ocupar o cargo mais alto do governo brasileiro. Veja um resumo da biografia/história da presidente Dilma Rousseff, a ex-ministra da casa civil  que foi eleita no dia 31 de Outubro de 2010 e entrará para a história da política nacional por ter conquistado 56% do eleitorado e o título de presidente da nossa nação.

Nascida em Belo Horizonte no ano de 1947, Dilma possui uma longa trajetória de lutas e conquistas que começou com a sua carreira de militância política quando ela tinha apenas 16 anos de idade.

Em meio a movimentos revolucionários, Dilma casou-se e divorciou-se duas vezes, em 1967 com Claúdio Galeno, um jornalista integrante do Polop – movimento Política Operária e novamente em 1969, com o advogado gaúcho Carlos Franklin Paixão de Araújo que também estave envolvido em movimentos políticos. Deste último casamento nasceu em 1976, Paula Rousseff Araújo, única filha de Dilma. Antes disso, em 1969 a jovem política descendente de búlgaros, passou a viver na clandestinidade, abandonou a Universidade Federal do Rio Grande do Sul onde cursava Economia e chegou a usar diversos nomes falsos, como Estela, Luiza, Maria Lúcia, Marina, Patrícia e Wanda.

Em 1970, Dilma foi presa em São Paulo e ficou detida na Oban (Operação Bandeirantes), onde foi vítima de torturas e maus tratos. Ficou presa por quase três anos, mas não desistiu e nem se intimidou, continuou a participar de reuniões e em 1975, após ter se estabelecido em Porto Alegre começou a trabalhar na FEE – Fundação de Economia e Estatística.

Durante as décadas de 80 e 90, Dilma participou do governo do Rio Grande do Sul, nas secretárias da Fazenda e de Energia, Minas e Comunicações, e nos governos de Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT). Em 2001 entrou para o PT e em 2003, assumiu o cargo de Ministra de Minas e Energia da gestão petista.

Dois anos depois, ela assume o lugar de José Dirceu como ministra-chefe da Casa Civil e conquista a confiança do atual presidente Lula para ser a próxima candidata do PT à presidência da república.  No novo ranking da Forbes, que indica as pessoas mais poderosas do mundo, a nova presidenta da República do Brasil Dilma está em 16º.
Site de Pesquisa: Wikipedia
Dominick

A mulher que luta pela populaçao: Luizianne Lins "PT do Ceará"

Luizianne Lins

Biografia

Filiada ao Partido dos Trabalhadores desde 1989, milita nos movimentos de esquerda desde 1987.

Jornalista, formada pelo curso de Comunicação Social da Universidade Federal do Ceará (UFC), iniciou a faculdade em 1988, tornando-se presidente do Centro Acadêmico (CA) em 1990. Dois anos depois, é eleita presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFC e, em 1993, diretora da União Nacional dos Estudantes (UNE). Com a militância no Movimento estudantil se credencia para o cargo de secretária estadual de Juventude do PT.

Logo que entra na faculdade, ingressa - como funcionária pública concursada - na Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização (EMLURB) onde permanece durante dez anos. Também trabalhou como pesquisadora e supervisora de campo do Instituto de Pesquisas Datafolha, assumindo por sete anos a vice-coordenação do Instituto no Ceará. Foi professora de fotografia do Colégio Batista Santos Dumont, entre 1990 e 1994. Concluiu também o curso de pós-graduação em Comunicação Social, Publicidade e Propaganda na Universidade de Fortaleza (UNIFOR). É professora concursada do Curso de Comunicação Social da UFC – atualmente licenciada para o mandato de prefeita de Fortaleza, a quinta maior cidade do Brasil.

Carreira pública

Vereadora de Fortaleza

Foi a vereadora mais votada do Partido dos Trabalhadores (PT) em 1996, eleita com 5.336 votos e, em 2000, reeleita. Na Câmara Municipal, ocupou o cargo de presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto e de presidente da Comissão de Defesa da Mulher, da Juventude e da Criança, criada na Câmara Municipal a partir de um projeto de resolução de sua autoria.

Deputada estadual do Ceará

Em 2002, foi eleita deputada estadual, tendo sido a quarta mais votada no Estado e a mulher mais votada entre todas, com 60.821 votos. Na Assembléia, ocupou o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania e é titular da Comissão de Agropecuária e Recursos Hídricos. É ainda suplente das Comissões de: Orçamento, Finanças e Tributação; Educação, Cultura e Desporto; Ciência e Tecnologia e de Defesa Social.

Sua atividade parlamentar sempre priorizou, dentre as várias áreas de atuação, a Educação, a Juventude, a Cultura, a Sexualidade, o Movimento Popular, as questões de Gênero, de Meio Ambiente e de defesa dos Direitos Humanos.

Prefeita de Fortaleza

Em outubro de 2004, foi eleita prefeita de Fortaleza, obtendo 620.174 votos.

Como destaques da sua primeira gestão estão a redução das mortalidades infantil e materna e a ampliação dos programas federais como Saúde da Família e Bolsa Família. Outras prioridades levantadas pela Gestão Fortaleza Bela foram a limpeza de canais, rios, riachos e lagoas próximos à áreas habitadas em situação de risco e o maior programa de construção de casas populares da história do Município.

Foi candidata à reeleição nas eleições municipais de 2008. O Ministério Público do Estado do Ceará (MPECE) pediu a impugnção da sua candidatura, em razão de supostas "irregularidades" na convenção que homologou a candidatura dela e de seu vice. Em 23 de julho de 2008, o juiz eleitoral Luiz Evaldo Gonçalves Leite, da 116ª vara, indeferiu a impugnação e confirmou o registro da candidatura. Em 5 de outubro de 2008, data das eleições municipais para prefeito e vereador, Luizianne Lins se reelegeu Prefeita de Fortaleza.

Site de Pesquisa: Wikipedia
Dominick

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Laudo da PF confirma autenticidade de vídeo de Jaqueline Roriz


O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados deve receber nesta quarta-feira (4) cópia do laudo da perícia feita pela Polícia Federal no vídeo em que a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) aparece, ao lado do marido, Manoel Neto, recebendo dinheiro de Durval Barbosa, pivô do escândalo do mensalão do DEM de Brasília. Em nove páginas, a análise confirma a autenticidade da gravação ao afirmar que “não houve edição” nas imagens.

A perícia no vídeo de 2 minutos e 50 segundos foi solicitada pela Procuradoria Geral da República ao relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, no dia 10 de março. A divulgação da gravação pela imprensa foi o que motivou a abertura de investigação no Supremo e a instauração de processo de cassação do mandato de Jaqueline Roriz no Conselho de Ética da Câmara.

Ao G1, a assessoria da parlamentar afirmou que a deputada nunca questionou a autenticidade das imagens e disse que a perícia foi solicitada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e que a deputada não teria o que comentar sobre o documento.

Desde que o escândalo estourou, a própria deputada do PMN admitiu ter recebido dinheiro de Durval Barbosa em “três ou quatro oportunidades”. O dinheiro, segundo Jaqueline Roriz, teria sido utilizado para custear a campanha eleitoral de 2006, quando ela se elegeu deputada distrital. Os recursos não teriam sido informados na prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral.

Além de confirmar a autenticidade das imagens, a PF faz a degravação dos diálogos do encontro entre Jaqueline, o marido Manoel Neto e Durval. O documento vai subsidiar o trabalho do relator do processo de cassação no colegiado, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).

O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PDT-BA), convocou reunião do colegiado para a tarde desta quarta, na qual o relator deve apresentar detalhes dos procedimentos que ainda serão adotados no decorrer das investigações. O conselho esperava colher o depoimento de Durval Barbosa, mas o pivô do escândalo acabou desistindo de falar ao conselho diante de supostas ameaças de hostilidade por parte dos integrantes do colegiado.
E ai, o que vocês acham?isso deve continuar? vamos atraz de mudar isso! respondam!
Site de Pesquisa: g1.com
Dominick

Supremo adia decisão sobre união homossexual.

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu nesta quarta-feira (4) o julgamento que vai decidir sobre o reconhecimento da união entre casais do mesmo sexo. Após a fala de nove advogados de entidades que participaram do julgamento e duas horas de voto do relator, ministro Ayres Britto, o presidente da Corte, Cezar Peluso, adiou o julgamento para esta quinta-feira (5).

Até a suspensão do julgamento, somente o relator havia votado - a favor do reconhecimento da união estável entre casais do mesmo sexo. Faltam ainda os votos dos outros nove ministros - o ministro Dias Toffoli se declarou impedido de votar porque, quando era advogado-geral da União, se manifestou publicamente sobre o tema.

Caso o Supremo reconheça a união estável entre casais gays, a decisão criará um precedente a ser seguido por todas as instituições da administração pública, inclusive pelos cartórios de todo o Brasil. Direitos como herança, comunhão parcial de bens, pensão alimentícia e previdenciária passariam a ser assegurados a casais de pessoas do mesmo sexo.

O ministro afirmou ainda que o sexo não pode ser usado como motivo para tornar pessoas desiguais perante o Estado. Para ele, a conduta dos casais homoafetivos não é ilegal e deve ser reconhecida pelo estado.
“Quem ganha com a equiparação postulada pelo homoafetivos? Os homoafetivos. Quem perde? Ninguém perde. Os homoafetivos não perdem, os heterossexuais não perdem, a sociedade não perde”, afirmou o relator.

Julgamento

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou que não reconhecer a união homossexual significa dizer que ela “não tem valor e não merece respeito social”
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"Os homossexuais devem ser tratados com mesmo respeito e consideração que os demais cidadãos e a recusa estatal em reconhecer uniões implica, não só em privá-lo de direitos, como também importa em menosprezo a sua própria dignidade”, afirmou Gurgel.

Ele rebateu o argumento de que a expressão “homem e mulher” citada no texto da Constituição impediria a legitimação da união entre pessoas do mesmo sexo. Gurgel afirmou que a lei não veda a união entre homossexuais.

“Esta ausência de referência não significa de qualquer modo o silêncio eloquente da Constituição Federal. Não implica, necessariamente, que a Constituição não assegure o seu reconhecimento. Temos que concluir que a união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar é implicitamente reconhecida pela Constituição e equiparada por analogia à união entre homem e mulher”, disse o procurador.

O advogado-geral da União, Luís Inácio de Lucena Adams, defendeu a posição do governo em favor do fim da discriminação dos direitos dos homossexuais. Sob olhar atento da ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, que acompanhou o julgamento do plenário do STF, ele citou ações do governo federal para assegurar direitos previdenciários e fiscais a casais do mesmo sexo.

“Esse reconhecimento que vem acontecendo mostra que o primeiro movimento de combate a não discriminação é a partir do Estado. Temos visto na nossa sociedade violenta manifestações de agressão às relações homoafetivas, mas que só serão passíveis de rejeição na medida que o Estado for o primeiro a rejeitar essa discriminação”, afirmou o advogado-geral da União.

Em defesa do pedido do estado do Rio de Janeiro, o advogado Luís Roberto Barroso argumentou que as uniões estáveis, independente da orientação sexual, tem como fundamentos: o afeto e um projeto de vida em comum.

“Não reconhecer [a união estável entre gays] significa depreciar essas pessoas e dizer que o afeto delas vale menos. Isso viola o aspecto mais essencial da igualdade”, afirmou o advogado do governo do Rio.
Para ele, há uma lacuna na lei sobre esse tema. “Se a vida, pelos seus desígnios, levasse meu filho por um caminho diferente, eu gostaria que ele fosse tratado com respeito e consideração, e que fosse acolhido pelo ordenamento jurídico e que pudesse viver em paz e segurança. E o que desejo para o meu filho é o que tenho que desejar para todas as pessoas”, disse Barroso.

CNBB


A Confederação dos Bispos do Brasil (CNBB) foi uma das entidades que argumentou no Supremo contra o reconhecimento da união gay. A entidade defende a manutenção do texto da Constituição, que fala em união estável para “homem e mulher”.

Para a confederação, a Constituição não tem lacunas sobre as relações entre homossexuais. O advogado da CNBB, Hugo Cysneiros, a falta da palavra “apenas” no texto da lei não significa que toda a união pode ser contemplada.

“A pluralidade tem limites porque na medida em que decidimos nos contratar socialmente em torno de uma Cartaque delibera em tono de deveres e direitos mútuos, sabemos, portanto, que nos submetemos a esse tais limites aos quais me referi”, afirmou o advogado da entidade católica.

Para a CNBB, o afeto familiar não pode ser requisito para a constituição da união estável. “O episcopado brasileiro não vem a esta casa trazer seu catecismo ou citar conceitos bíblicos, a CNBB vem aqui pedir o raciocínio tendo como referencia o texto constitucional”, argumentou Cysneiros.

Para Ayres Britto, a decisão do tribunal sobre o reconhecimento da relação entre pessoas do mesmo sexo pode viabilizar inclusive o casamento civil entre gays e a adoção, que são direitos garantidos a casais em união estável. Isso só acontecerá se o voto do relator for seguido pela maioria dos integrantes da Corte.
A diferença é que a união estável acontece sem formalidades, de forma natural, a partir da convivência do casa, e o casamento civil é um contrato jurídico formal estabelecido entre suas pessoas.

Duas ações

O plenário do STF começou a analisar nesta quarta duas ações, de relatoria do ministro Britto, propostas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelo governo do estado do Rio de Janeiro.

A primeira, de caráter mais amplo, pede o reconhecimento dos direitos civis de pessoas do mesmo sexo. Na segunda, o governo do Rio quer que o regime jurídico das uniões estáveis seja aplicado aos casais homossexuais, para que servidores do governo estadual tenham assegurados benefícios, como previdência e auxílio saúde.

Na prática, a decisão pode garantir a famílias formadas por casais gays os mesmos direitos das uniões estáveis de heterossexuais. O relator dos processos defendeu a união entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar e condenou o preconceito contra os homossexuais. “O órgão sexual é um plus, um bônus, um regalo da natureza. Não é um ônus, um peso, em estorvo, menos ainda uma reprimenda dos deuses”, disse Britto.
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Dominick